quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pra te esquecer



- As coisas aconteceram como tinham que ser. - Era isso o que Giovanna me disse desde o momento que saímos daquela casa noturna.
Era por volta de duas da manhã, estávamos alcoolizadas (principalmente porquê, só assim eu conseguiria ficar sem chorar) e caminhando até o ponto de táxi mais próximo. Eu decidi ir ao mercado, queria beber mais e mais, queria morrer de tanto beber e esquecer o que aconteceu.
O que aconteceu? Meu grande amor, oh, grande amor! O cara que eu amo estava aos beijos com outra dentro da casa noturna, no mesmo ambiente que eu.
A verdade é que eu fiz mil e uma coisas por ele, findei um namoro, viajei, mudei de cidade, tudo por ele, e ele fez pouco de mim, nem liga para a minha existência, mas eu o amo. O que fazer?
- Vamos Carolina, acorde desse seu pesadelo - eu dizia a mim mesma - ele nunca foi teu de fato, pra que chorar agora?
- É verdade amiga, bola pra frente!
- O que me mata Giovanna, é que eu estremeci quando o vi, dancei na sua frente, olhei dentro dos seus os olhos e senti o seu desejo, por Deus, eu senti!
- Eu notei que ele não tirava os olhos de ti.
- Então, ele quis me provocar, deveras! Oh, que tolice essa que digo, penso que engano-me, ele se agarrou com aquela vadia (pobre moça, a tenho como vadia, mas deve ter seu valor) eu sou mais bonita que ela!
Sinto meus olhos embaçando, são as lágrimas que eu não posso conter... no chão, me abraço a minha amiga... é o meu fim.
É o nosso fim.
- Me dê, um cigarro e uma bebida, quero esquecer, nem que seja só por hoje!


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