sábado, 28 de maio de 2011

Sabe o que acontece, eu nunca precisei que as pessoas me provassem o que sentem por mim, ou o quanto me consideram, por isso eu nunca me senti na obrigação de fazer o mesmo pelas pessoas... talvez um erro, talvez uma condição, não me cobre que eu não lhe cobrarei.
Mas de uns tempos pra cá, noto que isso tem se confundido muito com indiferença, o que não é, afinal, se nunca precisaram me mostrar as coisas que faziam por mim, porque comigo haveria de ser diferente?
O mesmo acontece em todos meus relacionamentos, uma hora ou outra eu sempre ouço a frase: "você não se doa, Amanda". Que mentira deslavada!
Só porque eu não escrevo nossas iniciais em cada canto, não mudo status em rede social, não monto um álbum cheio de fotos e legendas com trechos de músicas, ou não fico só falando de amor, não ando de mãos dadas e nem sou possessiva, não quer dizer que eu não me entrego. Eu me entrego do meu jeito.
Eu sou devagar para aceitar os relacionamentos, eu já tive meu pé no acelerador e em nenhuma delas eu fui feliz, agora eu sei que mantendo meu pé só na embreagem o carro anda sozinho... e na hora certa eu acelero.
Eu não acredito em "eu te amos" precoces, portanto eu não digo eu te amo, sem ter plena certeza desse sentimento.
Porém, o fato de eu não querer que o mundo todo saiba o que se passa no meu coração, não significa que eu não tenha coração, eu só gosto que ele bata aqui dentro de mim e que ninguém o inspecione. Eu gosto de amar discretamente, embora goste muito (em segredo é claro) de demonstrações públicas de carinho... mas como eu não conto isso pra ninguém, não espere que eu o faça.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

Relationships

Engraçado como culpamos todos á nossa volta por coisas erradas que acontecem com a gente, tudo isso na busca de sermos o personagem principal de nossa vida, sem notar que diversas vezes fomos o próprio vilão, e o próprio coadjuvante. 
O nosso erro é procurar e esperar as coisas erradas das pessoas. Você entra em um relacionamento e logo já estão na cama, ou seja, um namorado ou ficante fixo (se você tem prevenção ao termo namoro) hoje em dia se tornou um objeto sexual, quando na realidade o mesmo deveria ser um companheiro.
Vocês se vêem a semana toda, e nos finais de semana cada um vai para o seu canto, você fica presa a uma pessoa, mas nos fins de semana sai com a amiga, sabe as posições que ele mais gosta na cama, mas não sabe a sua cor favorita. Vocês não se conhecem, conversam besteiras por horas e nenhum dos dois sabem quais são as aspirações, as vontades, os medos... 
Então, você namora por meses com uma pessoa, e no fim só restam mágoas. Você pode dizer com certeza que sentiu uma forte atração, mas não pode garantir que gostou e assim como o amor, os relacionamentos vão se banalizando. 
Tudo porque você aceita voar de pés no chão, aceita ser amada pela metade, aceita se doar sem se conhecer. O companheirismo, o real motivo de um relacionamento é esquecido, vocês não tem amigos em comum, não fazem coisas juntos, apenas dão uns amassos e acham que isso é um relacionamento.
Você sabe meu sabor de sorvete favorito, sabe a carreira que eu quero seguir, se eu gosto de viajar, minha comida favorita, sabe os filmes que eu gosto? É claro que não! 
É por isso que os relacionamentos de hoje são descartáveis, vocês abandonam seus amigos porque acham que namorar é essa fodelância toda, quando na verdade ele se baseia nas pequenas coisas: um chocolate que você sabe que ele gosta, e você compra, uma flor que ele sabe que você gosta e ele lhe traz, vocês saem junto com seus amigos e depois de se divertirem aí vão ter prazer, mas hoje em dia tá tudo ao contrário, primeiro você se satisfaz e depois procura manter a vida social. O certo não é você perder suas amigas quando começa a namorar, e sim ganhar um amigo, um companheiro.
Acho que por isso as pessoas tem medo do termo "namorado" ou "se prender", mas num relacionamento cabe muito o termo compartilhar, pra que no final não restem mágoas, pra que você não pense que não valeu a pena, que você foi usada como uma boneca inflável, mas sim que você relembre as coisas simples, como um bombom ou uma flor.