segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Nostalgia.


De uns tempos pra cá eu tenho tido uns sentimentos de nostalgia, um dia nublado que me fez lembrar a viagem até Serra Negra, aquela viagem que trago no peito até hoje. A chuva de hoje, caiu em grandes gotas e depois aumentou se tornando um temporal, me recordei minha infância no interior, o cheiro de terra molhada (que nem existia alí no momento) preencheu meu nariz me trazendo saudade.
Saudade da minha avó e sua sombrinha, que parecia maior que eu guarda sol em chuvas como essa, saudade do cheiro de bolinho de chuva quando o tempo estava nublado, do cobertor com pipoca, das conversas, costurar roupinhas de bonecas que sempre ficavam tortas, mas ela jurava que estavam lindas.
Saudade dos dias de Serra Negra, das milhares de roupa de frio que levamos pra 5 dias de sol e calor e do vento no rosto na viagem de volta.
Esses sentimentos de nostalgia tomam conta de mim e é incrível como eu tenho gostado disso.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Pra te esquecer



- As coisas aconteceram como tinham que ser. - Era isso o que Giovanna me disse desde o momento que saímos daquela casa noturna.
Era por volta de duas da manhã, estávamos alcoolizadas (principalmente porquê, só assim eu conseguiria ficar sem chorar) e caminhando até o ponto de táxi mais próximo. Eu decidi ir ao mercado, queria beber mais e mais, queria morrer de tanto beber e esquecer o que aconteceu.
O que aconteceu? Meu grande amor, oh, grande amor! O cara que eu amo estava aos beijos com outra dentro da casa noturna, no mesmo ambiente que eu.
A verdade é que eu fiz mil e uma coisas por ele, findei um namoro, viajei, mudei de cidade, tudo por ele, e ele fez pouco de mim, nem liga para a minha existência, mas eu o amo. O que fazer?
- Vamos Carolina, acorde desse seu pesadelo - eu dizia a mim mesma - ele nunca foi teu de fato, pra que chorar agora?
- É verdade amiga, bola pra frente!
- O que me mata Giovanna, é que eu estremeci quando o vi, dancei na sua frente, olhei dentro dos seus os olhos e senti o seu desejo, por Deus, eu senti!
- Eu notei que ele não tirava os olhos de ti.
- Então, ele quis me provocar, deveras! Oh, que tolice essa que digo, penso que engano-me, ele se agarrou com aquela vadia (pobre moça, a tenho como vadia, mas deve ter seu valor) eu sou mais bonita que ela!
Sinto meus olhos embaçando, são as lágrimas que eu não posso conter... no chão, me abraço a minha amiga... é o meu fim.
É o nosso fim.
- Me dê, um cigarro e uma bebida, quero esquecer, nem que seja só por hoje!