segunda-feira, 7 de junho de 2010

Quanto tempo o tempo tem?

2010, 2009, 2008... ?
Ao longo desses anos, eu não vi os anos passando, é sério, me sinto presa no tempo. É incrível como algumas garotas espicham (no caso mentalmente) de repente! Hoje eu noto que coisas que antes me preocupavam e faziam meus cabelos entupirem o ralo do banheiro, já não me grilam mais. Não preocupo com atitudes infantis que eu tive atigamente, eu até consigo dar risada de coisas que antigamente eu chorava desesperadamente! Até meu gosto musical se aprimorou, coisas que eu achei que nunca entrariam na minha cabeça entraram agora e eu me arrependo de não ter ouvido antes (ou não, afinal, agora eu consigo compreender e absorver as coisas).
Esse lance de seguir modinha, ser modinha e estar na modinha já não me ocupa mais, hoje eu sou quem sou e esqueço de ser quem as pessoas querem ou esperam que eu seja.
Demorei tanto tempo pra perceber isso, que até me deixa envergonhada, em menos de um ano eu tive atitudes tão infantis que se eu pudesse voltar no tempo e me dar um soco na cara eu daria... ah daria!
Mas acontece que nesses anos eu cresci uns dez anos, e passei por coisas que nem em dez anos eu poderia passar de novo (ou poderia, quem sabe?) nem sentir o que eu senti.
Os sustos, os medos, os choros, as brigas, os problemas, as superações, as amizades, as influências, tudo teve uma rotatividade tamanha ao longo de dois, três anos na minha vida.
É assustador parar pra pensar dessa maneira, mas olhando por um outro ângulo é ótimo que eu tenha criado esse conceito sobre mim mesma, sem nunca perder a minha essência. Ainda sofro por antecedência, acredito em milagre, escuto as bandinhas hard core de antigamente, uso fivelinha no cabelo, dou laço do "coelho dá a volta na árvore e entra na toca", fico desesperada dentro de uma doceria, quero festas de aniversário, espero os "certo alguéns" da vida e faço muita, muita cagada por isso!
Mas isso aconteceria comigo com 15, 17, 20, 30 anos! É da natureza feminina, não da índole de ninguém.
O que eu quero dizer é que hoje eu noto, mais do que das outras vezes que eu entro uma nova fase da minha vida, onde finalmente percebi o que significa qualidade no lugar de quantidade, onde eu percebi que as pessoas podem ser melhores que você, mas que isso serve de trampolim para que você seja melhor que essas pessoas, notei que ser gordinha não é o fim do mundo e que de fato o senso de humor compensa. Notei que ser inteligente não é motivo de chacota nem de piada, notei que estudar não é tão ruim nem perda de tempo e notei que levar a vida a sério não deve ser levado tão ao pé da letra e principalmente, viver com síndrome do Peter Pan NÃO É DIFÍCIL !
Você realmente atrai tudo aquilo que você transmite, e sorrir te atrai a melhor das vibrações. Fazer piada de si mesmo quebra qualquer gelo, qualquer diferença e qualquer ataque, sabe quando sua mãe diz "não liga, que ele para?", acreditem, para mesmo. Pior do que receber qualquer resposta é não receber resposta alguma (além do que, ninguém tá afim de falar com a parede).
Hoje eu posso dizer que mudei, que levo o agasalho quando saio, um guarda chuva na bolsa e todas aquelas coisas que nossa mãe diz pra gente fazer, porque hoje, com a mentalidade que à duras penas eu criei, eu posso dizer que aprendi muita coisa... tudo isso em dois, três anos.

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